Ato da Visibilidade Lésbica 2019 – 3 Anos sem Luana Barbosa. Párem de nos matar!

O Ato da Visibilidade foi puxado espontaneamente e descentralizadamente este ano, sem figuras protagonizando. Especialmente liderado pelas mulheres negras com o bloco Siga Bem, no começo fechava a avenida toda até um grande contingente de policiais aparecer para intimidar o ato que parecia querer disputar com a própria marcha. Foram puxados jograis sobre lesbocídio e lembrando as caídas, Luana Barbosa, Marielle Franco e tantas outras… presentes! Também palavras de ordem. “Hey mulher vire Sapatão o homem é machista e ele não vai mudar não” e outros clássicos sustentados por uma bateria ruidosa. Lésbicas radicais auto-convocadas produziram cartazes apresentando idéias mais separatistas e ecologistas.

 

 

Jornada da Memória Lésbica – 24 de Agosto de 2019. Registros e manifesto

Este ano foi comemorado 50 anos da revolta de Stonewall, apesar de nunca mencionarem que foi uma insurreição  iniciada por uma lésbica butch Drag King, a Stormé DeLarverie. Mas essa é a nossa história como mulheres e lésbicas? Desde o … Continue reading

Fúria Lésbica! Fotos do bloco lésbico radical na ex-caminhada lésbica

Na caminhada lésbica e bissexual de SP, fizemos uma intervenção por meio de novamente, reaparecer com nossos chapéis de bruxa e mascaradas. Levamos nossa faixa “Lésbicas Radicais contra o Capital e o Estado Racista Patriarcal” e tambores de latão, lambes, stencil, feirinha de materiais lesboterroristas, máscaras. Na concentração e durante a marcha do nosso bloco podiam-se ouvir os gritos:

“Vem caminhão vem fazer revolução!(Toda feminista pode ser uma sapatão!)”
“Lésbicas Separatistas! Sapatonas convictas! (Eu não vou deixar o Patriarcado me abalar!)”
“Sapatão não é diversidade! Sapatão é resistência!”
“Tire o L do LGBT!”
“Lésbica Radical contra o sistema Patriarcal!”
“Basta já de repressão/pela Santa Inquisição!/Botar Fogo nas Igrejas e Libertar as Sapatão!”
ao passarmos ao lado de uma churrascaria: “Lésbica Radical! Contra a Exploração Animal!”
“Sapatonas contra as Guerras! Sapatonas contra o Capital! Sapatonas contra o Racismo contra o Terrorismo Neoliberal!”
“Sapatona! Sou sapatona! Porque quero ver o Patriarcado em chamas!”
“Acorda! Mulher! Vire sapatão! O homem é machista e ele não vai mudar não!”
“É nossa escolha! A vida é nossa! Eu escolhi amar mulheres! Lesbianize! Radicalize! A vida é nossa! É nossa escolha! Eu escolhi amar mulheres!”
“Não! Não! Lesbofobia não!”
“Odeio homem! Beijo mulher! Beijo mulher beijo mulher beijo mulher!”
“Fúria Lésbica!”

A intenção da ação era provocar e gerar um espaço contestatário à lógica liberal e pouco combativa da caminhada lésbica deste ano, renomeada como caminhada ‘les-bi’. Para opôr as cores do arco-íris LGBT, a cor preta da autonomia das nossas faixas e o lilás feminista/lésbico, auto-explicativos. As máscaras para nos proteger e permitir ousar, mostrar que nossa lesbiandade é de luta, e visibilizar a resistência. Gritando a palavra lésbica, sapatão, mostrar que os espaços lésbicos vivem, e não vão desaparecer!

Sempre atrás, quando a marcha chegava ao final, tomamos a frente dela cantando “Sapatão não é diversidade! Sapatão é resistência!”

Logo mais um relato mais detalhado da experiência.

ato 8 março em SP – lésbicas radicais presentes

 

Lésbicas radicais autônomas se fizeram presentes no ato de SP segurando faixa escrito LÉSBICAS RADICAIS CONTRA O CAPITAL E O ESTADO RACISTA PATRIARCAL, fizeram uma intervenção artística por meio de se fazer presente usando máscaras e chapéis de bruxa e entoando gritos como: “Vem! caminhão! Vem para a revolução!”, “Acorda mulher! Vire sapatão! O homem é machista e ele não vai mudar não!”, “Se toda mulher virasse sapatão, seria a revolução, seria a revolução!”, “Sapatonas contra as guerras! Sapatonas contra o Capital! Sapatonas contra o Racismo, contra o Terrorismo Neoliberal!”, “Lésbica feminista! sapatona convicta!”, “Não, não! Lesbofobia não!”, “Basta já de repressão! Pela santa inquisição! Botar fogo nas igreja libertar as sapatão!”, “Sapatão não é diferença sapatão é resistência!”.

Até onde soubemos, fomos o único grupo a sofrer violência (lesbofóbica e política) dentro do próprio ato, tendo sido atacadas por militantes do próprio ato, duas de nossas companheiras sofreram agressão e fomos perseguidas e filmadas, até a ação da comissão de segurança do ato atuar e expulsar o agressor do ato e reprimir a ação dos e das (sim) demais militantes. Também sofremos assédio lesbofóbico por parte de mulheres do próprio ato, de outras organizações. Mesmo assim se queriam nos atrapalhar, não conseguiram, seguimos firme com nossa faixa marchando e visibilizando as lésbicas.