os olhos selvagens me olham de volta
nós sabemos de onde temos que fugir
(mas não sabemos pra onde ir)
nós uivamos para a lua
e quando a madrugada vira mar
corremos
a pata pisa o chão escuro
(meu pé também é sujo)
desejando ser peluda e quente como você
ter sangue selvagem
fundido em lua e sangue
na beira das arvóres
no fundo do mato
nos escondemos ainda achando que podemos ser livres
ainda achando que a grande deusa vai nos proteger quando eles chegarem
(monalisa lemure)